Oláá.
O blog está tãão giro *-*
Foi a minha Ju que fez . Opá não paro de me babar! *.*
Ah.. e um pequeno aviso: o Robert vai entrar na fic sim, mas o personagem principal é o Joe. O cabeçalho tem o Robert porque era o mais giro dos 3 cabeçalhos que a Ju me fez . Não confundam! ^^
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Eram apenas oito horas da manhã e já ouvia Sr.ª Cussler chamar-me.
- Eu desço já! – gritei. Arrepiei-me ao ouvir a minha voz ecoar pelas paredes do meu quarto.
Demorei mais alguns minutos na cama, a contorcer-me para descontrair os músculos. Empurrei os cobertores para trás, a ponto que ficassem em cima da minha cintura. Deitei-me de barriga para cima com as mãos na nuca e sorri sob o dia anterior. Deixei-me adormecer.
Um raio de sol atingiu-me os olhos e, logo a seguir, uma sombra se colocou entre mim e o sol.
- Eu disse que já ia, senhora. Não precisava de vir cá acima! – protestei ainda com os olhos fechados.
- Se calhar, precisava, menina Candyce Cussler! – ri-me. Era Joe e não Sr.ª Cussler. Conhecia a sua voz em qualquer lado que fosse.
Sentei-me na cama, puxando os cobertores para tapar o meu corpo. Joe sorria, com o seu maravilhoso e contagioso sorriso próprio, enquanto olhava pelo meu quarto.
- Que estás aqui a fazer tão cedo? Uma pessoa já não pode descansar? – reclamei, observando-o. Ele olhava em redor no meu quarto, como se procurasse alguma coisa em especial.
- Sim, era preciso vir cedo e não, comigo ninguém descansa – olhou-me e sorriu-me seriamente. Dirigiu-se a mim e sentou-se a meu lado, na cama, ficando colados. – Já devias saber disso, Candy – sussurrou ao meu ouvido ao mesmo tempo que se aconchegava a mim, para que ficássemos os dois confortáveis. Abraçámo-nos.
- Adoro-te, sabias? – murmurei como se estivéssemos rodeados de gente.
- Acho que já meio mundo sabe, Candy. – riu-se.
- E isso não é bom sinal, Joe?
- Queres mesmo saber? – olhei-o com um olhar ameaçador – É óptimo – fez um sorriso tão grande que os dentes brilhavam mais que nunca.
Pousei a cabeça no seu ombro. Fechei os olhos e sorri, sorri com mais felicidade de todas as vezes que já tinha sorrido.
- Joe … - suspirei.
- Diz.
- Porque me sinto tão bem quando estás por perto e quando não estás comigo sinto-me despedaçada e vazia?
- Isso terás de ser tu a descobrir. – sorriu calmamente.
Levantei-me da cama e dirigi-me á varanda. Olhei para o rio que estava em frente de minha casa e suspirei sem fim. Baixei a cabeça, ficando com o queixo colado ao peito e o cabelo a tapar-me a cara. Uma lágrima brotou dos meus olhos, escorrendo pelo meu rosto suave e lenta.
- Candyce… que se passa? – pousou as mãos sobre os meus ombros, encostando-se a mim.
- Desculpa, Joe. Não se passa nada. – limpei as lágrimas que agora corriam sem parar como uma torneira aberta.
Envolveu-me com os seus braços e apertou-me. O seu calor e a sua pele tocando na minha, fazia-me sorrir e chorar de felicidade. Estar com ele, deixa-ma realmente completa. Mas quando se tratava de o ver partir e estar longe de mim, ficava brutalmente infeliz e deprimida.
- Não precisas de esconder o que sentes, comigo. Sabes que estou contigo para tudo, Candy – tentou reconfortar-me.
- Ouve… - comecei – nós estamos bem agora, mas não sei se no futuro estaremos bem na mesma. É isso que me faz ficar tão frustrada – pronunciei cada palavra devagar e em bom som, para que não tivesse de o repetir de novo.
- Claro que estarei sempre contigo! Que pensamento tão estúpido, Candy – sorriu e olhou-me nos olhos, dando-me as mãos. Queria soltar as minhas mãos das suas, mas ao mesmo tempo sentia-me bastante bem assim.
- Não acho estúpido… apenas realista.
- Nós não prevemos o futuro….
- Estás a ver?! E quem te garante que ficarás sempre a meu lado?! – gritei tão alto que as pessoas, que estavam na rua olharam para cima para procurar o ruído vindo do nada.
- Hey, calma – disse em tom sereno – Tens razão, ninguém me garante. Mas somos nós que fazemos o nosso futuro, não todo, mas a maior parte. Confias em mim para dirigir um pouco do teu rumo ao futuro? – sorriu levemente sob o meu olhar.
O seu sorriso era contagiante. Os meus olhos olharam os seus e estes sorriram-lhe, abraçando-o de seguida.
- Tu és tudo, sabias?
- Também me és demasiado, Candyce. – suspirou ao meu ouvido.
- Joe – soltei-me dos seus braços – vais ter de me prometer que nunca, mas mesmo nunca, vais ficar longe de mim! Nem quero que te afastes um milímetro que seja, ouviste? - resmunguei com um tom de voz um tanto autoritária. Ele riu-se mostrando o esplêndido brilho dos seus dentes.
- Com certeza, menina Cussler! Eu prometo-te. Nunca te vou deixar.
- Palavra?
- Sim, palavra de escuteiro – pronunciou, fazendo-me lembrar dos nossos tempos de escuteiros. – Agora, vai-te vestir – riu-se olhando para o pijama que tinha vestido.
- Que piada – disse ironicamente – Estou mesmo a imaginar como dormes… de boxers e tronco nu, não? – virei-lhe as costas, dirigindo-me para o armário.
Vesti algo rápido enquanto Joe ficava na varanda. Arranjei-me detalhadamente, mas depressa.
- Vamos onde afinal? – perguntei, chegando-me perto dele.
- Tu só me queres mal, não é?
- Não! Que fiz, Joe? Que fiz? – interroguei assustada. Tentava fazer sempre tudo tão certinho para o Joe não se chatear comigo, o que poderia ter falhado desta vez?
- Nada. Só acho que vais demasiado… arejada – riu-se.
- Desculpa. Eu vou mudar-me – corri para o armário e vesti umas calças com o mesmo top. Voltei para perto dele – Melhor? – sorri.
- Sim, sim – riu-se. Pegou na minha mão e olhou-me nos olhos, encostando o seu nariz ao meu. – Estás sempre bem, Candy.
- Obrigada – corei ligeiramente.
O caminho era bastante longe, quando se ia a pé, para onde quer que fossemos. Ele deu-me a sua mão, ficando unidos por um doce toque. A sua mão estava quente, bastante quente, mas a sua pele era macia e acariciava a minha, mesmo que Joe não a mexesse. Estávamos perto do mar quando ele parou e respirou fundo.
- Um passeio de barco não me pareceu nada mal. Gostas? – inquiriu, fixando o seu olhar em mim.
- Isto… é… lindo! – balbuciei carregando suavemente em cada palavra.
- Vens? Aluguei um só para nós.
- Claro! – fiz um sorriso de orelha a orelha.
Entrámos para o barco que Joe alugara e agarramo-nos num canto barco, deixando o motor guiar-nos. Encostei a cabeça ao seu pescoço e ele afagou-me o cabelo. Fechei olhos devagar, voltando a abri-los de seguida. Queria provar que era mesmo ele e aquele momento estava mesmo a acontecer. Senti o seu queixo pousar sobre a minha cabeça e, depois, os seus lábios roçarem nos meus cabelos.
- Só tu me fazes sentir tão completa – confessei-lhe.
- Ainda bem. Assim já não me trocas por qualquer um, pois não? – sorriu.
- Estúpido! Nunca te iria trocar. E tu?
- Eu? Tu serás sempre a minha pequenina, Candyce Cussler.
- Tu adoras o meu nome, não é? – resmunguei.
- Só porque é teu – levantou a minha cabeça e beijou-me a testa. Olhou em frente e encostou a sua cabeça á minha, colados como se fossemos siameses.
Passei a mão pela água para entender a temperatura: estava gelada. Arrepiei-me e sacudi a mão, salpicando de água todos os lados.
- Candyce! – gemeu.
- Desculpa, foi de propósito! - brinquei.
- Agora, amuei contigo – resmungou. Dirigiu-se ao motor e desligou-o com um suave movimento, mas uma grande turbulência no barco.
- Joe, não brinques – tentei acalmar-me, pensando na ideia que ele mudaria de ideias e não iríamos ficar ali.
- Quem manda aqui agora, sou eu! – pôs-se sobre mim, como se fossemos dois felinos numa luta e ele estivesse a ganhar essa mesma batalha. – Estás sob as minhas ordens e terás de as cumprir. – disse com ar sedutor.
- Olha que perco o controlo… e aí sim, tu não serás o mesmo Joseph Jonas!
- Pronto, pronto. – desceu, deitando-se a meu lado e aconchegando-se a mim.
Eram já vinte horas e o tempo escurecera bastante. Nem acreditava que tínhamos estado ali tanto tempo, parados no meio mar. Seguimos até terra, onde entrámos no carro de Joe, que me levou a casa. Entrámos pela porta e ele conduziu-me até ao meu quarto, mas sem antes passar pela Sr.ª Cussler.
- Boa noite, Sr.ª Cussler – cumprimentou Joe.
- Olá, Sr.ª Cussler – pronunciei igualmente.
- Boa noite, meninos!
Começámos a subir as escadas muito devagar, como se isso fizesse diferença do tempo naquele dia. Talvez assim, ficássemos mais tempo juntos.
- Candyce, nunca me disseste uma coisa…
- O quê?
- Porque tratas a tua mãe por Sr.ª? – perguntou intrigado.
Silenciei por uns momentos, ficando parada nas escadas e depois olhei-o com lágrimas a fervilharem-me nos olhos.
- Ela… não é minha… mãe. – gaguejei entre lágrimas que escorregavam do meu rosto. – A minha morreu 8 meses depois de se divorciar do meu pai. Esta é minha madrasta. – limpei a cara, avançando mais um degrau das escadas.
- Lamento, não sabia. E o teu pai? Nunca o vi.
- Ele é militar. Está numa missão no Paquistão, não o vejo há mais de 4 meses. – Joe agarrou-me o braço puxando-me para baixo.
- Ouve… estarei sempre contigo, minha pequenina. Adorar-te-ei para sempre, está bem? – sorriu-me.
- Sim, obrigada. Adoro-te, até amanhã.
Subi as escadas a correr, deixando Joe a meio. Fechei a porta do quarto brutalmente e agarrei na segunda fotografia que havia na minha cabeceira: a fotografia dos meus pais, no seu casamento. A seguir, peguei na fotografia de Joe e adormeci olhando para ambas.