Boa noite!
Okay, podem cantar o Aleluia. [E agradecer à Ju que é uma grande melga xD]
Venho apresentar a fic e... postar o primeiro capítulo.
PS.: Obrigada à Ju por me fazer o liindo blog *-*
Gosto principalmente do Frank ali em baixo x3
Vampires Will Never Hurt You.
_ Frank Iero
_ Gerard Way
_Charlotte Evans
_ Vampires Will Never Hurt You by My Chemical Romance
_ Time Of Dying by Three Days Grace
_ Animal I Have Become by Three Days Grace
_ Losing You by Dead By April
________________________________________________________
O dia estava frio, chuvoso e escuro. Frank gemia de fome e ansiedade no meio de quatro paredes fechadas. Há semanas, talvez meses, Frank não comera nada. Apenas tinha água e uma cama, que não usava. Estava fechado, longe de todos, longe de tudo, cercado por árvores, que faziam com que não entrasse luz pelas pequenas ranhuras das paredes.
Sentia-se fraco e detestável. Fora fechado ali para não fazer mal a ninguém. Frank era um vampiro. Um vampiro que não se conseguia controlar perante as pessoas, tal como os seus irmãos, que tinham sido abatidos. Frank era o único irmão que sobrevivera, pois fugira a tempo, mas a sua família decidiu afastá-lo da humanidade, para bem de todos.
Frank gritava, esbracejava, fazia de tudo para que alguém o ouvisse.
- Preciso de alimento… - sussurrava com a sua voz fraca, cheia de falhas. – Preciso de sangue… - ao pronunciar as últimas palavras já quase não respirava.
Ouviu, ao longe, ramos serem afastados, musgo pisado e gotas de orvalho cair sobre alguém. Sentiu o coração encher-se de esperança e gritou com todas as forças que lhe restavam.
Silenciou ao aperceber-se que estava alguém a tentar abrir a porta. Bateu com os nós dos dedos na porta e Frank levantou a cabeça.
- Está aí alguém? – pronunciou uma voz feminina.
- Sim. Por favor, ajuda-me. – murmurou quase sem som no tom de voz. Estava tão fraco que nem falar conseguia.
Bateu com mais força e nada aconteceu. Ela, cujo seu nome Frank não sabia, esfregou uma pedra contra outra, fazendo fogo e pondo junto á porta. O seu plano era queimar a porta. Mas Frank era um vampiro, como todos os vampiros, “alérgico” à luz.
- Pára! Apaga isso! – Frank dirigiu-se para a outra ponta do pequeno cubículo, tapando a cara com os braços. Ela assim o fez e Frank sentiu toda a esperança que tinha, desvanecer-se.
- Desculpa. Nunca vi uma porta assim! Tenho um curso de primeiros socorros e nunca trabalhei com uma porta tão forte. – constatou.
- Faz qualquer coisa! Estou aqui preso há meses!
Ela reparou nas pequenas fendas das paredes e tentou alastrá-las. Pegou em tudo o que tinha á mão e atirou contra as frinchas. Frank via cada vez mais a claridade da floresta, as pequenas aberturas iam ficando cada vez maiores. Finalmente, Frank viu um grande buraco, por onde conseguiria sair, mas estava demasiado cansado. Tentou levantar-se da cama, mas sem sucesso, voltou a cair sobre ela. Ela entrou pela pequena abertura e viu que Frank não conseguia levantar-se. Ela correu até ele apanhando-o, perto do chão. Frank quase caíra, mas ela ajudara-o.
- Estás bem? – perguntou com os seus olhos a fixarem os de Frank. Os seus olhos castanhos esverdeados fascinavam Frank, tal como o aroma do seu sangue. Não comia á meses e estava desesperado por agarrar um bom pedaço de comida.
Controla-te. Ela ajudou-te, nem penses em matá-la! Dizia a consciência de Frank, mas o seu corpo era maior e mais forte que o coração. Coração que não fora alimentado durante tantos anos pelos seus familiares e amigos.
- Não. – respondeu Frank com dificuldade. Quis lançar-se sobre ela, mas conseguiu apenas deitá-los abaixo.
A rapariga ajudou Frank a levantar-se e encostou-o bem ao seu corpo quente, coberto de roupa. Puxou-o e saíram das quatro paredes, onde Frank estivera preso durante tanto tempo.
- Não. Não me leves. – pediu Frank.
- Tens de ir ao hospital. Estás com péssimo aspecto. – ela sorriu serenamente em frente dos olhos de Frank. Este bufou e fechou os olhos, deixando a rapariga guiá-lo. – Já agora, chamo-me Charlotte Evans, e tu?
- Frank Iero. – tentou respirar.
A ansiedade apoderava-se dele como num jogo de estratégia. Frank soltou-se de Chalotte, apesar de ter caído, de seguida. Levantou-se e correu, desajeitadamente, pela floresta. A rapariga gritou pelo seu nome, mas não o voltou a ver. Frank já era visto como um membro florestal, ao longe.
Cambaleava pela floresta como um bêbado, procurando algum animal morto, tentando não matar nenhum. Frank já não tinha tanta velocidade e força com tamanha fraqueza a destruir-lhe o corpo. Ele continuava à procura de comida, enquanto ela corria do outro lado da floresta, procurando-o. Frank tentou correr mais depressa, tentou voar, mas não conseguiu, a fraqueza e o buraco no estômago aumentavam a cada movimento. Ele viu finalmente uma presa fácil, pequena, mas fácil. Um pequeno e indefeso coelho, no meio das ervas. Frank tentou ser discreto, avançou cautelosamente, lançou-se sobre o pobre animal, mas o coelho foi mais rápido que ele. Agora, estava completamente perdido. Caiu, contorcendo-se de dores, agora o que lhe restava era que alguém o encontrasse e o ajudasse, de novo, como Charlotte o tivera feito. Frank sentiu-se, mais uma vez, sozinho, sem ninguém.
Sou assim tão má pessoa? esta pergunta ecoava na sua mente, de um lado para o outro, até que num clique, Frank deixou de ver, deixou de sentir, deixou de respirar.