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Walls surround me with you.

por Dady, em 06.05.09

Boas!

tanto tempo que não postava, omg!

Ainda não acabei a fic, desculpem. --,

MAS fiz uma one-shot e já houve gente que leu e gostou, por isso decidi postar. x)

Bem, vou tentar acabar a Vampires Will Never Hurt You rapidinho (acho muiito dificil, até porque os teste vão começar e eu tenho de ter boas notas. \: )

 

                                                                            Beijinhos, até à proxima : )

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    As paredes não se calavam. Tinham, por toda a parte, palavras, frases, histórias. Histórias frustrantes, frases enigmáticas, palavras pensativas. Nada disto facilitava o que eu queria… eu queria respostas às minhas perguntas. Respostas fáceis.
    Talvez, todas as respostas estivessem lá, mesmo em frente aos meus olhos… mas eu não as conseguisse interpretar. Talvez, eu não precisasse de respostas, mas sim de perguntas.
    Passava dias e noites a tentar desvendar todas aquelas situações. As histórias ficavam mais curtas e menos compreensivas, as frases mais complicadas e tornavam-se numa espécie de problema impossível, as palavras… apenas continuavam simples palavras desconhecidas.
    Há duas semanas que tudo era diferente. O meu próprio corpo impedia-me de sair de casa, sem ler as palavras que completavam as minhas paredes. Os meus olhos não fechavam normalmente, - ou seja, de segundo a segundo - conseguiam ficar muito mais tempo abertos, sem se cansarem. Os meus lábios ficavam secos a toda a hora. Os meus músculos ficavam presos facilmente. Era tudo por causa do estúpido enigma, que não sabia desvendar? Nem sabia porque o estava a tentar desvendar, chegara a mim de uma maneira que nem eu sei qual foi.
    Era uma noite quente e abri a janela. Ouvi assobios, sussurros, palavras que não faziam sentido. Espreitei pela janela e não vi nada. Peguei num papel e tentei escrever as palavras consoante as ouvia. Pronunciei-as como as tinha escrito, mas não as conhecia. Procurei na internet o significado das palavras, mas nenhuma língua as tinha no seu vocabulário. Tentei escreve-las ao contrário, pronuncia-las de novo e procurei mais uma vez, mas sem êxito. Previ que fosse outra noite sem dormir e acertei. Mesmo assim, estava cansada. Deitei-me e fechei os olhos muito devagar. Do nada, uma imagem, uma face de um rapaz, passou rapidamente. Abri os olhos com toda a velocidade que conseguia, mas de certeza que eram apenas alucinações do cansaço. Puxei os cobertores e fechei os olhos novamente.
     Tinham passado 5 dias desde aquelas palavras e começava a compreendê-las. Fui trocando as letras de lugar, tentando colocar acentos, pondo as palavras em diferentes ordens… E aquela imagem passava todas noites, quando fechava os olhos. Eu tinha a impressão de conhecer aqueles olhos, aqueles lábios, aquela face… mas quem seria ele? Eu não sabia, apenas sorria quando via o seu sorriso, apenas desejava sonhar com aquele rosto todas as noites.
    Pela primeira vez desde que tudo aquilo me atormentava, eu consegui sair de casa sem os músculos prenderem, sem a respiração falhar. Talvez, tudo tivesse acabado e eu sentia-me feliz por isso. Fui ao bar onde costumava ir – já começava a sentir saudades. Sentei-me ao balcão e pedi o meu sumo do costume. Cinco minutos mais tarde, senti alguém sentar-se ao meu lado e pedindo uma cerveja. Era uma voz masculina, que eu conhecia. Era a voz que me tinha dito aquelas palavras sem sentido. Olhei para ele e vi o mesmo olhar, os mesmos lábios, o mesmo cabelo do rapaz da imagem. Ele virou-se para mim e sorriu. Eu retribui-lhe, como acontecia quando a tal face me passava pela mente. Era ele o rapaz. Eu tinha a certeza.
    - Olá! Costumas vir aqui muitas vezes? – perguntou-me.
    - Costumava. Não tenho vindo muito, ultimamente. – sorri-lhe, desajeitadamente.
    - Chamo-me Max, prazer.
    - Rachel. A tua cara não me é nada estranha…
    - Também não me és indiferente. Lembro-me de ver as tuas feições, o teu cabelo. – bebeu um gole.
    O relógio tocou as 8 badaladas. Fui para casa, mas não sem me despedir dele. A partir deste dia, começámos a encontrar-nos todos os dias. O enigma já não era problema, parecia que tinha desaparecido, mas mesmo assim… continuava a ver a sua face todas as noites, e, de vez em quando, ouvia palavras estranhas pronunciadas pela sua voz… mas havia outra coisa: tinha a sensação de o conhecer há anos, como se tivéssemos sido sempre melhores amigos; tinha sensações de déjà-vu muitas das vezes que estava com ele e ele conhecia-me como ninguém, como se fosse da minha família. 
    Era sexta-feira, dia de limpezas em casa. O meu quarto estava um caos e fui arrumá-lo. Encontrei o papel onde tinha escrito todas aquelas tentativas falhadas à descodificação das palavras. Lembrei-me das histórias, das vozes… de tudo. Observei bem as palavras e as minhas tentativas. Relembrei uma e outra vez cada história. As palavras não eram nada mais do que um nome completo… e eu conhecia aquele nome. Maximillion Drake Thieriot. Aquelas histórias, as frases, as palavras, os sussurros… tudo conduzia a ti. O enigma… eras tu, minha paixão de infância.

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publicado às 17:54

Tudo aqui presente é da autoria de Dália Rodrigues. Plágio é crime. Just sayin'...

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