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Escrever sobre sentimentos é nadar em cimento. É impensável. É impossível.
Só tu te sentes encalhado, sem saber o que fazer ou o que dizer. És uma estátua de prata à chuva. Continua a chover. Chega a trovejar. Mas não te moves. O sentimentos é tão forte e pouco habitual que o próprio vento se torna imóvel. O medo ou a incerteza, o poder ou o querer.
Queres explicá-lo, descrevê-lo. Usas todas as palavras do dicionário e inventas outras abstratamente novas. No entanto, quanto mais dizes, menos sabes. Quanto mais dizes, parece-te que menos e sentes e quanto mais sentes, menos consegues dizer.
A tua alma é um malabarista em espetáculo. O teu amor é um livro com as palavras trocadas e sem pontuação. A tua vida é um teatro mal ensaiado em exibição.
... Mas, não terei acabado eu, então, de chegar à outra margem deste rio de pedra?
I love you.